Olá queridos, na postagem do blog de hoje vamos conhecer a nossa mais nova professora de violino e musicalização, Cintia Camprubi, bora?

professora violino Cintia Camprubi

 

1. Conte sua história

Meu nome é Cintia Camprubi Paixão Proiete, tenho 23 anos. Eu morava com meus pais e meus dois irmãos mais velhos até 2019. Sempre fomos educados a cuidar uns dos outros. Tivemos e ainda temos uma vida não muito fácil. Com muita luta e sempre honestidade, fomos vivendo e conquistando nossas coisas. Eu e meus irmãos fomos crescendo e começando a entender melhor as coisas que nossos pais nos diziam, e que há um momento na vida que precisamos assumir nossas responsabilidades e ter coragem, por que coisas muito boas acontecem, mas as coisas tristes e difíceis também vem.

Sempre coloco meus caminhos nas mãos de Deus. Sou Espírita (Kardecista).  Luto por aquilo que quero, mas acredito que no final das contas Ele é quem vai abrir o melhor caminho.

Hoje sou casada, há um ano e meio. Meu esposo, Ricardo, também é violinista. Temos a oportunidade de compartilhar a alegria da música juntos. E não há nada melhor do que fazer o que amamos ao lado de quem também amamos.

2. Conte como surgiu o seu interesse pela música

Meu pai sempre ouviu muita música. Com ele conheci as grandes bandas, U2,  The Beatles, cantores como Andrea Bocelli, Sarah Brightman e muitos outros.

Comecei estudando violão, aos nove anos, no centro espírita que frequento. Lá tive a oportunidade de iniciar no violão erudito. Segui por muitos anos com o mesmo professor, e tenho grande gratidão por ele.

Anos depois, também no centro, tivemos um evento e lá um rapaz tocou viola de arco. Eu com meus 15 anos, achei que fosse um violino e fiquei fascinada. Desde então fiz de tudo pra encontrar um lugar para poder aprender violino.

3. Fale sobre sua formação

Comecei a estudar violino com 16 anos, no Instituto Pão de Açúcar. Um método de ensino coletivo, por dois anos. Paralelo a isso, comecei aulas particulares com um professor, que foi essencial para minha formação. E o Ricardo ( meu esposo) me deu algumas aulas também e dá até hoje.

Depois que finalizei o curso neste instituto, entrei no Projeto Guri. Lá tive pela primeira vez aula de coral e teoria, e também continuei com aulas coletivas do instrumento. Alguns meses depois fui aprovada na Orquestra Sinfônica do Projeto Guri, e foi uma experiência incrível, pois pela primeira vez tocaria em uma orquestra. Lá tive a oportunidade de trabalhar com grandes maestros como, Diego Guzman ( assistente do maestro Dudamel, Venezuela), o pianista e maestro Nelson Aires e seu grupo Pau Brasil, entre outros.

Dois anos depois entrei no instituto Baccarelli. Lá é onde estou até hoje. Tocando na Orquestra Juvenil Heliópolis, com o Maestro Edilson Venturelli. Lá tivemos a oportunidade incrível de subir ao palco da Sala são Paulo, Teatro Municipal de São Paulo (onde podemos ser regidos pelo grande maestro Isaac Karabchevisck).

No momento tenho aulas com o violinista Edgar Leite.

Por três anos fiz parte da Orquestra da Universidade Mackenzie, que sem dúvida me trouxe grande aprendizado nesses anos.

Fiz seis meses de Licenciatura em Música, na FAAM. Porém, por questões como horários e meu objetivo no violino eu optei por seguir e priorizar o Baccarelli, já que através do instituto eu tive oportunidade de realizar alguns cursos profissionalizantes e fui aperfeiçoando minha didática.

No último ano venho me dedicado ao estudo da musicalização infantil. Fiz alguns cursos e conheci excelentes professores, com uma bagagem imensa e muito a ensinar.

Tento unir a musicalização no ensino de violino para meus alunos crianças, e tem funcionado bem!

Também, por três anos estudei com a professora Eleni Vosniadou, técnica de Alexander, um curso de consciência corporal para músicos, visando o melhor uso de si mesmo.

4. Quando você descobriu que queria lecionar?

Dar aulas de violino foi meu primeiro emprego. Essa busca surgiu principalmente pela necessidade de ajudar minha família. Porém atrás da necessidade descobri um mundo que eu não imaginava.

5. Como é para você ser professora de música? 

Dar aulas de violino mudou minha vida. Digo isso por que trouxe uma visão ainda mais ampla sobre o que é lidar com as pessoas. Sobre minhas dificuldades e do outro. Vi no ensino de música tantas possibilidades. Percebo, mais do que nunca o poder realmente mágico que existe na música de mudar a vida das pessoas. A alegria que podemos proporcionar a alguém quando toca sua música favorita, poder se expressar e fazer algo que nunca imaginou que seria capaz. Ensinar a disciplina aos alunos me faz ser alguém ainda mais disciplinada.

Já tive experiências com alguns alunos que foram melhores do que subir nos grandes palcos.

6. Qual dica você da para os pais que querem que seu filho estude música?

Estudar música foi uma das melhores escolhas da minha vida. E é algo que pretendo fazer para sempre.

Estudar música vai muito além de se dedicar a um instrumento. É, na verdade, abrir seu lado mais sensível e deixar que se manifeste. É trabalhar sentimentos que nem conhecíamos. A música tem o poder de curar um coração triste e trazer alegria. Esse é o motivo que todas as pessoas do mundo deveriam querer e  poder estudar música.

7. Qual dica você da para quem quer estudar violino?

Para conhecer melhor o violino eu sempre recomendo que a pessoa busque as músicas que goste em covers feitos por violinistas. Ver como soa o instrumento na música que já conhece.

Também é muito importante ir em concertos. O meio principal do violino é erudito, em orquestras.

É um campo muito amplo, então a busca vale muito a pena. Ouvir muita música é sempre uma excelente dica.

8. Como você se organiza para suas aulas? 

Minhas aulas são organizadas de acordo com a idade principalmente. Tenho um plano de aula que inclui estudo de técnica do instrumento, atravéz de métodos como o All for Strings.

A teoria vou introduzindo aos poucos, de acordo com a necessidade do assunto que eu vou ensinar no violino.

E paralelo a tudo isso trago repertório, no começo com coisas simples e que as pessoas em geral já conheçam, como parabéns pra você. Isso facilita a leitura da partitura e  o entendimento do ritmo.

Conforme o aluno vai tendo mais facilidade vou trazendo músicas do gosto pessoal do aluno, afinal é para isso que eles vem em busca muitas vezes.

Já na aula de musicalização, trabalho de forma mais lúdica, mas não menos objetiva.

A criança sendo muito sensível está no momento ideal para ter seus sentidos trabalhados. Então pego um tema específico (animais, flores, árvores, planetas) e trabalhamos ritmos simples, coordenação motora, repetições, canto, tato, audição e etc.

9. Qual dica você da para quem quer dar aula de música?

Nesses anos que tenho dedicado a aulas, percebi que tem uma coisa que não podemos abrir mão para ser professor. É o amor. E isso vai muito além de só gostar de dar aula.

É preciso amor, por que só isso é que vai nos dar forças para lidar com todos os tipos de alunos que surgem. Alunos muitas vezes são tranquilos e aprendem rápido. Mas muitas vezes, nós, professores, somos a única referência de comportamento que a pessoa tem. Não fazemos ideia o que acontece na vida do aluno nos outros dias da semana. Então, quando eles vem pra aula, temos que ter cuidado com as cobranças ou elogios vazios. É preciso sinceridade e carinho. Por isso que digo que a música pode curar. Isso é real. Em muitas aulas já tive alunos que choraram, pelo simples fato de conseguirem tocar, algo que pra nós não é novidade, já fizemos mil vezes. Mas para a pessoa é a realização de um sonho. E quando se trata do sonho de alguém, é nosso dever ter respeito e fazer de tudo para torná-lo possível.

A aula deve ser leve, para as crianças, uma brincadeira, mas que sempre vai levar algum aprendizado e em algum momento vão manifestar o que aprenderam. Para jovens e adultos, mais ainda que precisa ser um momento tranquilo e de descanso. Não sem disciplina, mas deve ser um dos melhores dias da semana dessa pessoa, por que essa faixa etária já vive no mundo adulto, onde tudo é corrido e estressante, com muitas atividades.

Por tanto, se fizermos com amor, encontraremos um caminho para lidar com cada aluno que surgir.

Então é isso, espero que tenham gostado de conhecer a nossa prof Cintia e que se inspirem a estudar música ou dar aulas como ela

Katherine Ebesui

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